Morte num Cavalo Pálido

Intervenção na obra de William Turner

2010 © Luís Carvalho Barreira


Morte num Cavalo Pálido[1]

 

A Morte chegou...

num Cavalo Pálido

assombração tumultuosa

descoberta pelo rasgar da espátula

em reverberações cromáticas

e pela a inquietação do génio

 

Semicerro os olhos

para melhor ver

os espaços vazios do silêncio

 

braços estirados

formas submissas derramadas

em drapeadas velaturas

sobre o dorso esmaecido

 

fecho os olhos

para melhor sentir

o lugar preenchido de poesia




[1] William Turner, A Morte num Cavalo Pálido, c.1825





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